domingo, 5 de fevereiro de 2012

Des Mädchens Klage - Schiller

Friedrich von Schiller, sem dúvidas, é um dos maiores poetas de língua alemã, ao lado de Goethe, Heine e Rilke. Um dos grandes nomes da história da literatura alemã, foi muito musicado por aquele que é o cantor de Viena: Schubert. Só para variar, estou traduzindo um poema que virou Lied por Schubert, Des Mädchens Klage, que virou música 3 vezes pelo mesmo compositor (D.6, D.191 e D.389)

DES MÄDCHENS KLAGE - Schiller

Der Eichwald braust, die Wolken ziehn,
Das Mägdlein sitzt an Ufers Grün,
Es bricht sich die Welle mit Macht, mit Macht,
Und sie seufzt hinaus in die finstre Nacht,
Das Auge von Weinen getrübet.

"Das Herz ist gestorben, die Welt ist leer,
Und weiter gibt sie dem Wunsche nichts mehr,
Du Heilige, rufe dein Kind zurück,
Ich habe genossen das irdische Glück,
Ich habe gelebt und geliebet!"

Es rinnet der Tränen vergeblicher Lauf,
Die Klage, sie wecket die Toten nicht auf;
Doch nenne, was tröstet und heilet die Brust
Nach der süßen Liebe verschwund'ner Lust,
Ich, die Himmlische, will's nicht versagen.

"Laß rinnen der Tränen vergeblichen Lauf,
Es wecke die Klage den Toten nicht auf!
Das süßeste Glück für die traurende Brust,
Nach der schönen Liebe verschwund'ner Lust,
Sind der Liebe Schmerzen und Klagen."



O LAMENTO DA MOÇA - Schiller

Formam-se nuvens, os bosques a gritar,
Uma moça está em verde orla ao mar,
Com força e com força quebram-se as ondas
E ela suspira na noite hedionda,
Olhos devido as lágrimas nublados.

"O coração está morto, o mundo é nada,
E nada mais é coisa desejada,
Vós que sois santo! Devolva o seu filho,
Tenho abdicado do mundano brilho,
Tenho vivido e também tenho amado"

Escorrem lágrimas no rosto, em vão.
Os lamentos acordam os mortos? Não!
Dize o que ao coração conforta e cura
Quando o prazer do amor já não perdura,
Eu, oh Senhor, não falharei agora.

“Deixa escorrer as lágrimas, em vão.
Mortos acordam co’os lamentos? Não!
Ao coração em luto bonança e cura
Quando o prazer do amor já não perdura,
É o sofrimento do amor que chora."

Trad: Raphael Soares

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