sexta-feira, 16 de março de 2012

La Musique - Sully Prudhomme

Mais uma poesia daquele que foi o primeiro ganhador de um Prêmio Nobel de Literatura. Gosto da poesia desse poeta, e enquanto a minha tradução de Zenith não fica completa (talvez nunca fique), posto mais um poeminha.

Alerta: Meu francês é horrível, e ainda por cima tenho a leve impressão de que não entendi o poema!!! Isso sem contar as tortuosidades métricas e sintáticas. Enfim, uma tradução reprovável, que nem ao menos tive o empenho de melhorar. De qualquer modo, como sempre, há o "original" e se a tradução desagradar ou estiver "errada" volte para o francês e traduza você mesmo!

La Musique - Sully Prudhomme
Ah ! chante encore, chante, chante !
Mon âme a soif des bleus éthers.
Que cette caresse arrachante
En rompe les terrestres fers !

Que cette promesse infinie,
Que cet appel délicieux
Dans les longs flots de l'harmonie
L'enveloppe et l'emporte aux cieux !

Les bonheurs purs, les bonheurs libres
L'attirent dans l'or de ta voix,
Par mille douloureuses fibres
Qu'ils font tressaillir à la fois...

Elle espère, sentant sa chaîne
A l'unisson si fort vibrer,
Que la rupture en est prochaine
Et va soudain la délivrer !

La musique surnaturelle
Ouvre le paradis perdu...
Hélas ! Hélas ! il n'est par elle
Qu'en songe ouvert, jamais rendu.





A Música - Sully Prudhomme

Ah! Cante outra vez, cante, cante!
O éter minha alma quer beber.
Com força empurra estrada avante
P'ra os terrenos ferros romper !

Que essa promessa, nunca finda,
Que essa chamada, como mel,
Nas ondas de harmonia linda
Que te enviam direto ao céu !

A alegria pura e livre vibra
Atraída por tua áurea voz,
Por mil mui dolorosas fibras
Que virão cada uma em sua vez...

Ela espera, e sente a prisão
Em uníssono, vibrando forte,
Que a ruptura está à mão,
De repente se entrega à sorte!

Música supernatural
Abre o paraíso perdido...
Ai! não é por ela, meu mal,
Que acho aberta, jamais sentido.

Trad: Raphael Soares

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